domingo, 7 de junho de 2009

Pelas barbas do imperador

Acabei de chegar, já coloquei a roupa suja na máquina, tomei banho e desfiz a mala. Estou me tornando uma menina eficiente. Ainda estou meio tonta porque passei toda a viagem jogando cartas, o que é, além de jogo de raciocínio, uma prova de equilíbrio para manter o baralho em cima do violão (saída possível no corredor do ônibus) durante as curvas da serra. E com todas as adversidades ainda consegui ganhar dos marmanjos. Ha!
Bem, vamos ao que de fato importa: a viagem.


Sexta-feira, 05/06/09
Chegamos em Nogueira (distrito de Petrópolis) no fim da tarde de sexta. O quarto do hotel, que era divido por seis, continha uma cama de casal, duas de solteiro e um colchãozinho (vá, era humilde) no chão. Dessa forma, decidimos que escolha da cama seria de maneira justa e democrática: Quem chegar por último é a mulher do padreeee!!!
Bom, não preciso nem comentar toda a minha sagacidade e perspicácia ao ficar com a cama de casal.  ;D
Já imaginávamos que o banho seria um problema; um chuveiro para seis, tendo que ficar pronta em duas horas, não seria nada fácil. Mas meu querido Murphy não podia falhar nem mesmo na serra. A garota que entrou para tomar banho primeiro voltou dizendo que o chuveiro estava estranho. Acionei meu lado Yuri* e fui cumprir meu papel de macho. Sim, o aparelho estava estranho, inclusive a água, que até agora eu não sei se realmente era água ou algo próximo de piche. Essa é a parte em que peço para não imaginar a cena. Seis garotas no banheiro, eu, a anta, de toalha, decidi fuçar o problema. Fechei o registro; calma. Abri. A água(?) veio tão forte que que fez cair uma peça do chuveiro, jorrando água nas seis. No desespero de tentar recolocá-la, minha toalha caiu, escorreguei no tapetinho maldito, e de um segundo para outro começou a sair água fervendo. Levantei, fechei o registro, respirei, me recompus e... não consegui concertar o chuveiro. O banho foi alternando jatos de água a 90º C com outros de 3ºC.
Todas prontas e cheirosas (depois de alguns choques térmicos) fomos para uma noite alemã. Tentei não utilizar minha visão etnocêntrica, juro! Mas depois de 50 minutos tocando a mesma música, eu já não sabia se o velhinho realmente falava alemão ou se ele tinha exagerado na cerveja. Pior foi ser arrastada para a pista de baile, com sono, completamente desengonçada; tinha um tal de junta-separa-troca-de-lugar, que quando o grupo dava o primeiro passo eu já estava mudando de par, andava quando não devia e aí tinha que voltar correndo enquanto todos já estavam no passo seguinte. Meu intuito de discrição foi para o ralo, porque já não havia como não notar aquele ponto roxo destoando de todo o resto. Com muito sono e os pés ardendo de dor, consegui a proeza de chegar ao meu quarto, depois de dois lances de escada. Descobri que a melhor cama nem fez tanta diferença. Apaguei.

Aguardem os relatos finais. (sim, eu tenho leitores imaginários)

Nota: *ah, é uma longa história.

2 comentários:

Náhira Brunelle disse...

Opaaa... leitora imaginária? Falando de mim? como?! hahahaha

Biáh... confesso que fiquei imaginando a sua cena tentando consertar o chuveiro, caindo no chão, etc e tal! rsrsrsrs

Viu o Selo lá no meu blog?
Beijinhos e saudades!

Náhira Brunelle disse...

Deixei mais outro selo pra você!
bjO

http://nahidoida.blogspot.com/2009/06/meu-segundo-selinho-haha.html