domingo, 6 de julho de 2008

Análise de Razão

A decisão leva a inúmeras conclusões, e que variam de acordo com ambiente, temperatura e pressão. Por mais que os livros de auto-ajuda me contradigam, não, viver não é o mesmo que sonhar. É melhor e é pior. É quase indescritível (se é que não vou me arrepender desse “quase”). Viver é andar de bicicleta, mesmo sendo sedentário, sentindo cansaço em todos os pedacinhos do seu corpo, sabendo que a qualquer momento você pode cair, mas ainda assim mantendo o equilíbrio, porque é ele que vai te levar pra frente. Mas ao sonhar que anda de bicicleta, ah, você praticamente voa, tudo é verde e as avenidas são calmas.
Tudo isso apenas para reparar como meu mundo sempre teve um limite claro e talvez até concreto entre vida e sonho. Vive-se apenas. Sonho é utopia, e olhe lá! Eu que não me atrevesse a sonhar além da minha cota. Mas eu me atrevia. E com minha bicicleta ia até o céu, como num filme antigo...
Parece que agora alcancei uma dimensão antes inimaginável de viver e sonhar ao mesmo tempo, em que sofro sem acreditar no que me cerca. Que seja grama, bancos, céu cinza e um teatro moderninho, quanto mais sonho, menos meu mundo me parece real; se ando de olhos abertos, pode estar mais ao meu alcance. Sinto que a qualquer momento vou acordar num travesseiro de borboletinhas azuis, sentindo cheiro de café forte passado.
- Bom dia, mãe.

A volta do filho pródigo

Seria melhor nem comentar a parte em que não me lembrei da senha né?
É, quatro meses é muito tempo. Fiquei realmente preocupada com meus registros. Não é porque ninguém lê que eu também vou desprezar meu chazinho né!
Então durante esse tempo de isolada do mundo virtual, decidi escrever numa agenda. Até porque é um ano de mudanças, tudo é diferente agora, blá, blá, blá. E lá fui eu. Quatro meses de caneta preta no papel pardo (agenda reciclada, sabe como é). Registro aqui, "meu querido diário" acolá, trecho de conversa... eis que esta brilhante cabeça que vos fala perde a agenda! Resumindo, agora sou uma pessoa sem passado. E nem adianta virem com as perguntinhas de praxe "e aí, como foi no começo?" "o que você sentiu quando chegou?". Não sei, não lembro ¬¬. Deve ser só por isso que escrevo. Sem contar que hoje perdi meu cartão do banco no shopping, esqueci minha bolsa no Bob's... Tenha noção da tragédia! Se eu não tomar ginkgo biloba urgentemente, antes do 60 esqueço meu nome.
Agora, uma chícara de chá cítrico para comemorar a chegada da internet na escola, a volta do /chacombiscoito, e a minha (em breve) volta para casa! \o/
E que Nossa Senhora protetora-dos-futuros-escritores-frustrados abençoe minha cabeça oca nesse segundo semestre.

Ouvindo: alguns tiros. Poucos. Hoje o baile funk tá tranqüilo