sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Nostalgia, o início

Essa semana, indo pra escola (atrasada pra variar) senti o cheiro de banana frita com canela vindo de uma casa qualquer. Estranho foi constatar como isso tem cheiro de fim de ano pra mim.
Sempre tem banana frita no café da manhã na casa da minha avó, e minhas idas lá tem sido tão frequentes quanto as aparições de Bin Laden. Mas natal é sempre lá, não tem escapatória.
No fundo eu gosto daquela mesmice. Se bem que antigamente era melhor, era tudo organizado.
Mal podíamos esperar pelo dia 24. Reunia a primaiada toda e íamos aprontar! ;D
Chegávamos em casa no fim da tarde, todos imundos. A galera do pé preto.
Fila do banho, todo mundo batendo na porta dos demorados. Quem não quisesse enfrentar fila podia encarar o chuveirão do quintal, com água fria e um sapo te olhando.
Sete da noite começava o amigo oculto das crianças. Eta alegria! Mas o melhor ainda estava por vir... os mais bravos resistiam ao sono e esperavam pelo amigo oculto dos adultos, que era mais engraçado, e tinha a ceia depois! ;9
Depois da comilança, todos pra casa, dormir e esperar papai Noel chegar. Pelo menos era isso que nossos pais pensavam. Acordávamos na madrugada e íamos pra sala, ficar envolta da árvore de natal, com todos os presentes, tentando adivinhar o que era, de quem era, quem tinha comprado... etc.
E não conseguíamos mais dormir. Esperávamos até amanhecer, quando finalmente vinha o ápice da alegria natalina: abrir os presentes!
Depois tinha que cumprir meu dever de cristã. Lá ia Bianca pra missa com a avó. Mas após a missa vinham os pecados. Levar os presentes pra praça e ficar comparando com o resto da criançada. Quanta cobiça, quanta inveja! Mas tudo na ingenuidade, claro! =]
Almoço em família, doces e mais doces feitos pela vovó. Mais tarde pegávamos a estrada de volta pra casa. Ai como era bom... saudades.

Observações do dia: apagar a pesca da mão depois da prova; doce de leite com pão de queijo; "veja até onde seu beiço orgulhoso pode te levar"; preciso de grana.

Ouvindo: Fiz esta canção- Zeca Baleiro "não, não, não vou chorar, se bem que eu tinha razão... mas isso não é bossa nova nem samba-canção"

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